Ford Mustang 1968 roda impecável em SP

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Texto: Eduardo Bernasconi / Fotos: João Mantovani

O Mustang 1968 Hardtop faz parte da primeira geração dos muscle americanos. Consegue bater o olho nele e falar o que tem de customização?! A olho nu, as respostas são evidentes: caixas das rodas traseiras aumentadas para comportar os monstruosos 335/30 R20 (medida usada nos Dodge Viper, por exemplo), grade frontal e para-choques mais rentes à carroceria… Mas, há suaves modificações que fazem total diferença e são quase imperceptíveis.

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“Essa é a parte mais legal de customizar um clássico. Mexer de leve em detalhes deixando-os quase que indecifráveis”, fala Ale Benevides, o manda-chuva da Hot Company Brasil (HCB), especializada em antigos modificados. Esta carroceria foi alargada na frente e atrás. São seis centímetros a mais, no total, para os paralamas dianteiros e outros seis nas laterais traseiras. Ganhou corpo, sem exageros ou vestígios de funilaria pesada. Claro, nas caixas de roda de trás, para enfiar as rodas Billet Specialties tala 12”, foi preciso cortar muita lata e dar um belo acabamento. A visão traseira é cabeçuda demais, com dois sapatos Pirelli P Zero gigantescos.

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O V8 302 está com um quadrijet básicão, Holley 650 cfm, e o câmbio Tremec T5, também muito usado nesses projetos de Mustang, Maverick e outros clássicos. Não há preparação pesada, a pedido do dono.

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“O projeto aqui era estético e não fortão. Por isso mantivemos o veoitão padrão”, fala Benevides. Até mesmo detalhes de escape foram feitos na maneira old-school, com aço carbono no oito em dois e sistema em H (hoje se utiliza bastante os canos em X). “Vamos passar para um sistema em inox, feito pelos nossos parceiros da Nova Racing (Campinas, SP). O roncão é bem anos 1970, com a marcha lenta encorpada e fala grosso em giro alto.MANT1305

Nas internas
Os cuidados estéticos invadiram a cabine e o cofre do motor. Além do próprio V8 estar bonitão com tampas de válvulas, suporte de filtro, cabos de vela, distribuidor, tudo zero e bem montado, toda a funilaria do cofre levou quase dois meses de trabalho.

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As torres da suspensão dianteira foram removidas para que o cofre recebesse chapas lisas por todos os lados, inclusive parede corta-fogo, escondendo radiador, caixa de rodas, tudo clean. Com o acabamento feito, as torres foram soldadas novamente e duas barras de alumínio billet feitas no CNC da HCB garantem mais rigidez ao pony.

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Na cabine, mais funilaria: todo o painel e o console são feitos de chapas retas e dobradas, com direito ao cavalo no galope — marca registrada do Mustang — em baixo relevo. Os instrumentos da Classic Industries estão envolvidos em aros também em alumínio criados e executados pela oficina de Alexandre. “Nós vamos a fundo no carro exclusivo. O dono de um projeto nosso não corre o risco de estacionar e ver outro carro igual na vaga ao lado. Nós fazemos o custom made, mesmo”, fala Benevides, chamando a responsa ao falar das suas obras.

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Até mesmo a tapeçaria agora está em produção dentro da HCB e no caso do Mustang a opção foi manter os bancos baixos, sem encostos de cabeça, também na teoria “menos é mais”, sem invenções. Nada mau, hein?!

 

Redação
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