VW Gol – Feito para arrancada

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Empurrão femininoApós o casamento, esposa incentiva o maridão a montar um Gol turbinado de Arrancada com 750 cavalos.

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Em 2011, pilotos e preparadores do Estado do Paraná andaram forte na Arrancada. Não satisfeitos em marcar presença nas provas realizadas no sul do País, viajaram para outros Estados e cidades para bater recordes e faturar títulos, sempre pressionando os competidores locais. Um dos integrantes deste grupo de sulistas é Adriano Prado, da Dragster Motorsports, de Londrina (PR), famoso por aterrorizar a categoria Turbo B com um Chevrolet Astra amarelo. No final do ano passado, ele apresentou este belíssimo VW Gol Turbo B e impressionou logo de cara. “O carro ficou pronto em outubro de 2011 e, em apenas cinco provas disputadas até agora, conseguimos dois troféus. Nada mal para um carro estreante”, comemora Thiago “Turkinhu” Dafonte, proprietário e piloto do Volkswagen de mais de 700 cavalos montado depois de seu casamento.

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Turkinhu tem, inclusive, uma interessante história com a Arrancada. “Desde pequeno, sempre sonhei em ter um carro de corrida e acompanhava diversas provas pelo Brasil, principalmente os Festivais Brasileiros, em Curitiba (PR). Mas, para virar piloto, precisei me casar!”, afirma. Ele completa: “Minha mulher simplesmente adora carros e foi quem me incentivou para montar esse Gol. O que ela não tinha ideia era do trabalho e tempo necessário para construir um carro de Arrancada desde o início. Vivia perguntando quando o carro ficaria pronto”, relembra Turkinhu. Enquanto a esposa esperava ansiosa, ele aproveitou para fazer o que elas, de modo geral, fazem melhor: compras! Escolheu o melhor macacão, luvas, capacete…

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Nesse período, o trabalho na Dragster Motorsport não parava. “Gostamos de desenvolver o máximo de componentes possível aqui na empresa, para depender o mínimo de peças de fora”, conta Adriano. Mas, por que montar um Gol se a fama do preparador veio da preparação de um Astra? “O problema de fazer sucesso com um carro diferente como o Chevrolet é sermos rotulados como especialistas em determinada marca, o que não é bom para os negócios, pois os Volkswagen são a grande maioria nas pistas. Fazer um Gol é bom para mostrar que também dominamos outros tipos de carros e motores”, esclarece Prado.

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Uma das peças totalmente projetadas e construídas na empresa foi o coletor de admissão, do tipo dual plenum, que abriga um corpo de borboleta de 66 mm. “Esta admissão foi desenvolvida em banco de fluxo já acoplada ao cabeçote”, conta Prado, e explica: “normalmente, perde-se um pouco de fluxo no cabeçote na instalação do coletor. Mas, neste caso, conseguimos fazer o inverso: ganhamos desempenho com o coletor de admissão já instalado”, comemora.

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Para orquestrar estes trabalhados caminhos de ar e combustível na admissão e no escape, o preparador optou por um comando de válvulas da Carlini Competizione, com graduação de 300º, 13 mm de levante e 114º de lobe center. Com esta combinação de cabeçote, o 8V de fluxo cruzado de Turkinhu gira até às 9.000 rpm com muito vigor. “As trocas de marcha são mais eficientes aos 8.500 rpm. No entanto, no dinamômetro, vimos que ele tem força até os 9 mil”, explica o piloto.

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Na medição, a potência máxima obtida foi de 756 cv utilizando etanol e 3 kg de pressão de turbo enviados por um Holset HX-40. No chão, nas pistas de 201 metros, o carro larga com 0,7 kg e sobe progressivamente até 2,5 kg. Já nas retas de 402 metros, a pressão utilizada é de 3,2 kg. “Porém, percebemos que, acima dos 300 metros, o carro vem perdendo força. Sinal de que o turbo não consegue manter o fluxo de ar, mesmo com a pressão máxima utilizada”, explica Turkinhu, apresentando a solução para o problema: “Já providenciamos um turbo roletado Garrett 4088R para superar esta deficiência e, quem sabe, empurrar pelo menos uns 4 kg de pressão para dentro do AP 2.0”, finaliza.

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Logo na estreia, na reta de 201 metros da pista do Race Park, em Maringá (PR), o Gol marcou 7s403 na primeira puxada, fechando a prova com 7s378 a 173 km/h. “Nos 402 metros, não consegui andar muito, pois no Festival Brasileiro em Curitiba (PR) peguei uma fila de mais de três horas e, quando chegou minha vez, a chuva caiu e atrapalhou a prova. Uma pena, pois estávamos testando um diferente enquadramento de comando e também uma válvula wastegate, e seria necessário dar algumas passadas para fazer os acertos necessários. Mesmo assim, Turkinhu virou bons 11s488, com 222 km/h no final da reta, tempo que o colocaria na nona colocação entre os mais de 120 inscritos na categoria Turbo B. “Isso se não fosse meu péssimo tempo de reação, que me jogou lá para o 17º lugar”, completa.

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Para este ano, o piloto paranaense e a equipe dos irmãos Prado pretendem aumentar rapidamente sua coleção de troféus. Por isso, pode esperar o Gol colorido fazendo o que os paranaenses mais entendem: viajar e comparecer em outras pistas, como o Velopark (RS), Race Park (PR) e ECPA (SP), além de AIC, em Curitiba.

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Redação
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