Foram necessários cinco anos e meio, mas finalmente o Mercedes-AMG One está entre nós. Em um resumo rápido, é um carro de Fórmula 1 feito para andar nas ruas, esse é o projeto criado pela montadora alemã que demorou mas construiu um hipercarro com estrutura inédita. É um carro com muita potência e engenharia para superar as expectativas.
O conjunto mecânico dessa máquina é de fato um dos principais detalhes. O motor 1.6 V6 turbo que gira 11.000 rpm, teve alguns empecilhos para poder ser instalado no veículo, levando em consideração as normas de emissões, mas a Mercedes conseguiu. Debaixo do capô são 574 cv de potência com duplo comando de válvulas, válvulas de mola de ar, injeção direta e um complexo sistema de limpeza de gases de escape. O propulsor a combustão se une a mais quatro motores elétricos São dois motores elétricos no eixo dianteiro que somam mais 326 cv e o terceiro motor trabalha com o turbo gerando 122 cv. Dessa forma, o AMG ONE fica com a potência total de 1.063 cv.
A tração é integral com sistema AMG 4Matic+. Apesar de ser automático, o hipercarro recebeu um câmbio com sete marchas em que o motorista precisa fazer a troca manualmente pelas aletas atrás do volante. É uma forma de deixá-lo ainda mais parecido com um carro de Fórmula 1.
De acordo com Philipp Schiemer, presidente do conselho de administração da Mercedes-AMG: “Com o Mercedes-AMG One, nós ultrapassamos os limites. Os imensos desafios técnicos de tornar uma motorização moderna de Fórmula 1 adequada para o uso diário na estrada sem dúvida nos levaram aos limites”. Muitos podem ter pensado, durante o período de desenvolvimento, que o projeto era impossível de ser implementado. Entretanto, as equipes em Affalterbach e na Grã-Bretanha nunca desistiram e acreditaram em si mesmas. Tenho o maior respeito por todos os participantes e estou orgulhoso deste trabalho de equipe”.
O setor de engenharia da Mercedes-Benz também dedicou muito tempo trabalhando nas baterias de íon-lítio que equipam o AMG One. Vale lembrar que ele se enquadra como um veículo híbrido plug-in. Para um alto desempenho, as baterias precisam estar frias, foi aí que a fabricante decidiu criar um complexo sistema de resfriamento líquido para cada bateria, mantendo a temperatura dentro dos 45°C. Com apenas uma carga, ele consegue rodar 18,1 quilômetros, além de acelerar de 0 a 100km/h em 2,9 segundos e 0 a 200 km/h em 7 segundos. A velocidade máxima é de 352 km/h.
A suspensão tem um sistema push-rod, igual um carro de F1 com cinco braços e duas barras ajustáveis nas rodas dianteira e traseira. O conjunto é montado transversalmente para ser mais leve e focar no desempenho total. No volante, os modos podem ajustar a suspensão podendo escolher entre Comfort, Sport ou Sport+. A vetorização de torque também é alterada conforme as opções de condução.
No interior, o AMG One traz um verdadeiro cockpit de F1. A posição do assento, deixa o condutor com as pernas praticamente retas em bancos que foram esculpidos dentro do carro. O volante é retangular e duas telas de 10” ficam como painéis. O hipercarro também possui um acabamento em fibra de carbono e couro, ar-condicionado, alto falantes, vidros elétricos e câmeras no lugar do retrovisor.
O design totalmente aerodinâmico tem passagens de ar nos arcos das rodas dianteiras, asas móveis no difusor dianteiro e também a asa móvel traseira. As rodas tem um desenho especial de dez raios calçadas com pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 M01. Para se garantir nas frenagens, os discos são cerâmica de carbono com 15,6 polegadas e pinças de seis pistões na dianteira, enquanto na traseira são de quatro pistões.
Em breve talvez veremos o novo Mercedes-AMG One em Nürburgring Nordschleife para testes. Alguns rumores dizem que a fabricante alemã busca o recorde do circuito. O modelo vai ser vendido por US$ 2 milhões, aproximadamente R$ 9.594.000. De acordo com a montadora, seriam produzidas apenas 275 unidades do hipercarro.
