A Pagani apresentou nesta semana o sucessor para o modelo Huayra. A fabricante italiana decidiu aposentar um dos modelos mais tradicionais da marca, mas já arranjou um exemplar para substituí-lo à altura. Batizado de Utopia, o novo superesportivo foi revelado nesta semana, com um nome que faz referência ao livro de Thomas More. Um escritor que descreve o mundo ideal para o filósofo.
A palavra Utopia pode estar relacionada a algo ideal, irrealizável ou até mesmo um sonho. Significa que faria todo o sentido para um carro criado por Pagani. O novo superesportivo, pode ser definido como uma escultura totalmente funcional, mantendo uma aparência clássica, mas robusta nos mínimos detalhes.
O design aerodinâmico, segue os três pontos exigidos pelo criador Horacio Pagani: simplicidade, leveza e o prazer de dirigir. O Utopia, passou por uma série de testes em túnel de vento para ser um carro com o menor arrasto aerodinâmico possível. A montadora, aplicou os itens de aerodinâmica ativa em um desenho mais sutil para deixar o estilo do carro mais clean.
O interior do novo hiperesportivo, segue mantendo a elegância da fabricante, com conforto, requinte e tecnologia. O Utopia, coloca o foco do condutor totalmente em uma condução “raiz”, ou seja, para aqueles que gostam de guiar o carro sentindo o volante, ouvindo o barulho do motor e as trocas de marcha. Por isso, o exemplar foge da tendência atual e deixa de lado telas extravagantes colocando apenas um painel digital no cockpit e contadores com botões no console central.
Já que a leveza é uma das partes que receberam um cuidado especial, a estrutura é uma das grandes novidades deste modelo. O superesportivo não está utilizando a fibra de carbono, mas um monocoque feito com Carbo-Titânio HP62 G2 e Carbo-Triax HP62, que, ao que parece, é uma mistura de compósito e metal de alta resistência. Uma ideia patenteada pela própria Pagani.
O material utilizado, deixou Utopia com um peso de 1.280 kg. É relativamente leve se comparado a um carro popular, que tem praticamente o mesmo peso. Uma das peças que está ajudando o superesportivo a ser leve é a saída quádrupla de escapamento, feita de titânio com um revestimento de cerâmica, pesando apenas 6 quilogramas.
Sob o capô, o coração do Utopia segue as descendências do irmão Huayra, carregando um motor V-12 de 6.0 litros biturbo capaz de gerar 852 cv de potência na tração traseira. O conjunto é desenvolvido pela AMG e será equipado com a opção do câmbio manual, podendo também receber a caixa automatizada. Diferente das outras montadoras, a Pagani não tem pressa sobre a hibridização de seus veículos, e segue mantendo o trem de força a combustão.
Serão produzidos apenas 99 exemplares do Utopia produzidos diretamente no ateliê da Pagani em San Cesario sul Panaro, em Modena (Itália). As primeiras entregas estão previstas para o ano que vem. O preço será de US$ 2,5 milhões, o equivalente a R$ 12,7 milhões de reais em uma conversão direta.
