Comodoro 79 ganhou customização e motor V8 350 zerado

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Analisando rapidamente, está na cara quão zero e belo é este Chevrolet Opala Comodoro de 1979. As rodas aro 18”, da antiga Binno e utilizadas na Stock Car há algumas temporadas, o tornam muito invocado e encorpado.

Suas características externas logo remetem ao seis cilindros em linha, o linguição, preparado e com direito ao ronco típico dos escapes seis em dois. Não é bem isso. Os especialistas da oficina Clássicos Restaurações (Itatiba, SP), apaixonados pelo modelo Chevy e por outros carros antigos de verdade, como Ford Maverick e F100, por exemplo, realizaram um sonho antigo: ter um Opalão com um motor tão lendário quanto este cupê nacional. Sim, ele tem um V8 350 zerado, (5,7 litros de cilindrada), muito usado em vários modelos da marca americana.

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O oito cilindros teve adaptação trabalhosa, mas ficou bem clean no cofre

Segundo Marlon Vieira, um dos responsáveis pelo projeto, foram mais de três anos em cima do Chevy e um dos fatores de sucesso foi a escolha de um carro muito íntegro para a execução. “Sabíamos que a base seria entre um 1975 e 1979 e que deveria estar impecável, para não perdermos tempo e dinheiro comprando peças de carroceria. Quando encontramos esse cupê zerado, com interior imaculado e precisando apenas de pintura, fechamos negócio na mesma hora”, confessa o entusiasta do interior de São Paulo.

A adaptação foi mais simples do que esperado, apesar de tanto tempo de trabalho. “O mais complicado do processo foi reforçar a parede corta-fogo para fixar servofreio no cofre e pedaleiras no interior do carro”, explica. Enfiar o motor foi simples também, exigindo cuidado apenas nas novas travessas no quadro de suspensão e fixação dos coxins de borracha. O câmbio Tremec T5 também não doeu muito. “Ao final, achamos que fica mais fácil enfiar um T5 no túnel original do que um câmbio de Dodge, alteração corriqueira entre os Opaleiros”, detalha Marlon. A ergonomia muda pois a alavanca de cinco marchas fica mais à frente no túnel, chegando perto do painel. É preciso esticar mais o braço para as trocas, mas continua confortável e com manuseio preciso. O volante billet com revestimento em couro tem a pegada e acabamento perfeitos e ouvir o ronco do 350 com os abafadores Flowmaster significa vontade de acelerar instantânea!

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Por dentro, Chevrolet também foi bem cuidado

As borrachadas são fáceis: Marlon faz os pneus 265/35 R18 sofrerem! Com diferencial Dana 44 blocado e torque de V8, é covardia moer os pneus: pode ser em primeira, segunda, terceira… A embreagem Centerforce suporta os mais de 40 kgfm e a injeção Fueltech FT 200, bem calibrada, dá comida aos 370 cv disponíveis. Os coletores de admissão e o corpo de borboleta de Corvette ficaram animais no cofre, assim como a tubulação do filtro de ar de elemento externo, que vai direto para o paralama em busca de ar frio. Quem olha de fora nem desconfia que sob o capô alinhadinho há oito bocas famintas. Apenas dois sinais denunciam mudanças radicais no Opalão: um minúsculo emblema V8 nos paralamas e a ponteira de escape dupla, pertinho do para-choque traseiro.

Dentro do cofre, o visual foi levado a sério também: tampa foi pintada no mesmo laranja das pinças de freio Wilwood — há discos nas quatro rodas, 330 mm de diâmetro na dianteira e 300 mm na traseira —, além de muitos componentes cromados e polidos. Como diversos ítens mecânicos atualizados, a suspensão também deveria seguir o padrão. Os especialistas da Fênix Amortecedores (SP) colocaram todo o sistema dianteiro do modelo 1992, último ano de fabricação do Opala, enquanto a traseira tem as peças iguais às originais, porém retrabalhadas para segurar a bronca da cavalaria extra.

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Motor recebeu trato de primeira e acabamento foi levado em consideração

Embalagem top

Um dos motivos pela compra do 1979 era seu estado íntegro e interior zerado. Porém, a pintura deveria ser refeita. “Ele já era prata de fábrica, mas estava cansado de pintura. Escolhemos um tom diferenciado, demos uma boa preparada e mandamos um banho de tinta. O toque final veio com um pin nas laterais da carroceria, no mesmo tom das pinças de freio e da tampa da admissão. Mas, no final das contas, mudamos todo o interior a pedido do dono, Fernando B. Neto”, conta Marlon.

Os bancos dianteiros são do Audi S3 e todo o revestimento interno, acabamentos e som foram feitos pela M.A.R. (Osasco, SP). O som toca com vontade e bate muito com os subs instalados juntos ao encosto do banco traseiro, no porta-malas.

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Pods receberam instrumentos no painel

Para ocupar menos espaço que o estepe original e fazer graça, há um pneu de moto montado em roda automotiva. Basta abrir a tampa do compartimento de bagagens e se deparar como o equipo inusitado, fixado ao lado da sonzeira. Mas, cá entre nós: por mais que o som esteja top, a música do escape oito em dois direto do veoitão tem obrigação de se fazer mais presente do que as notas musicais dos falantes!

Redação
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