VW Saveiro: estilo europeu com um toque brasileiro

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Apavorando os europeus:  empresa de São Paulo prova que, se os gringos apresentam um estilo, nós podemos (e vamos) melhorá-lo!

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Segundo Camilo “Bob” Porto, um dos motivos para a criação da DKC Garage veio do longa Velozes e Furiosos. “Quando vimos o primeiro filme, piramos com a loja que o Paul Walker entrava para comprar acessórios para o seu carro. Na hora, pensamos: ‘por que não criar algo parecido com ela?’. E, assim, nasceu a DKC Garage”, lembra um dos cabeças da empresa. Ele e Carlinhos Pazianotto tocam esse “point” de equipamentos especiais e, para divulgar os produtos, montaram a Volkswagen Saveiro 2013 que você vê a partir de agora!

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No melhor estilo europeu, a picape reúne um pouco do que, segundo a dupla, é possível aplicar em um carro. “Além de vendermos acessórios, fazemos uma espécie de consultoria para quem quer ingressar nesse universo”, conta Bob. Se um cara quer investir em um jogo de rodas com tala nervosa, por exemplo, Carlinhos e Bob dão o aval se caberá ou não.
E disso os caras manjam! Afinal, não é todo dia que vemos uma Saveiro rodar tranquilamente com rodas de 8” e 10” de tala, dianteira e traseira, respectivamente. Mas, não pense que basta comprar um jogo de redondas largas e instalar na caranga. O buraco, caro amigo, é um pouco mais embaixo… Nesse carro, por exemplo, não foi possível inserir adaptadores de furação para as rodas de 5×100 (a original da VW é 5×120). “Se utilizássemos, perderíamos instantaneamente o Fitment”, diz Bob. Esse termo, segundo ele, refere-se ao alinhamento da parte superior da roda com o paralama — basta reparar na Saveiro para ter certeza de que o Fitment foi alcançado, com todas as bordas superiores alinhadas com a carroceria.

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As rodas aplicadas na VW são AC Schnitzer S5, muito comuns na década de 90 (acessório de época, elas saíam em algumas BMW, como as M5 E34). A dupla Bob e Carlinhos descolou o jogo aro 17” usado, bem deteriorado, e mandou para a Alumini Rodas, responsável pela restauração e pintura. Três peças, ele foi desmontado, pintado com base prata e coberto com quatro demãos de verniz Candy vinho, até chegar no atual resultado — novos parafusos também foram importados para “lacrar” as partes com estilo. Caso você se interesse por um (raro) jogo desses, pode se preparar: não sai por menos de R$ 10 mil!
Outra também duramente retrabalhada foi a suspensão, agora a ar, com mangueiras preparadas com aeroquipes. Segundo Bob, ela é híbrida, montada com partes de diversos fabricantes — bolsas são nacionais, enquanto compressor e manômetros da gringa Air Lift. Com três graus negativos e pneus montados stretch, as AC Schnitzer S5 passam “lambendo” os paralamas, mas nada de raspar! “Utilizo o carro todos os dias, inclusive para buscar componentes quando preciso. Ou seja, é um modificado para ser usado, e não fazer pose”, garante Carlinhos, o dono da bagaça.

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Se por fora o carro é um sucesso, por dentro não poderia ser diferente. Graças à 2E Tapeçaria, bancos, laterais de portas, coifa de câmbio… Tudo exibe couro legítimo, com tonalidade vinho e costura diferenciada. “Pesquisamos muito até chegar nesse aspecto”, lembra Bob, referindo-se às dezenas de sites europeus que serviram de base para o projeto. Nem mesmo o teto solar da nacional Ragtop fugiu do padrão: segundo a dupla da DKC, a empresa não possuía tecido na respectiva cor, e a saída foi adotar o pano utilizado nos Porsche antigos. “Lembro que tirei esse carro da concessionária e disse para o vendedor que o modificaria por completo. Ele deu de ombros, achando que eu estava delirando”, brinca Carlinhos, que voltou à revendedora três dias depois com a VW equipada com a suspensão, as rodas e o teto solar. “Só depois disso ele entendeu que eu falava sério”, conta, ressaltando que os funcionários ficaram malucos com o resultado.

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E tome couro!

O couro também foi aplicado em duas outras partes do carro: volante e capô. Segundo Bob, o primeiro foi desenvolvido pela nacional Lotse com exclusividade para a Saveiro (tanto que seu nome é Class DKC). Já o capô, como as demais referências, seguiu inspiração europeia. “Por lá, é comum ver esse tipo de acessório, próprio para proteger a dianteira contra o atrito da neve”, explica Carlinhos, acrescentando que seu carro não é um 100% Eurolook: “não o classifico nesse estilo simplesmente por não existir um modelo desse por lá. Mas, todos os atributos e características partem do conceito euro”, finaliza.

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Caso você esteja na fissura de montar um projeto seguindo o estilo dessa Volkswagen, Bob salienta: “Apesar de parecer simples, há muito estudo, cálculos e embasamento até chegar em um perfil como esse. Se o entusiasta encarar uma empreitada dessas ‘no peito’, sem conhecimento, fatalmente gastará um caminhão de dinheiro e não terá o tão sonhado projeto. O caminho mais fácil e seguro é procurar por quem está completamente por dentro desse universo”, completa. Já sabe de quem ir atrás, certo?

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Texto: Giuliano Gonçalves

Fotos: João Mantovani

Redação
Redaçãohttps://www.revistafullpower.com.br
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